A QUESTO DO INDETERMINADO EM
msica
Vanessa Fernanda
Rodrigues
Compositora, mestranda em
Msica/Composio pelo Instituto
de Artes da UNICAMP (bolsa
FAPESP).
Resumo: Este artigo
trata de mapear o aparecimento do conceito de indeterminao a partir da dcada
de cinqenta, usando como exemplos os pensamentos composicionais de Cage,
Boulez, Stockhausen e Xenakis, observando de quais maneiras tratam do
indeterminado na msica ocidental de concerto. O acaso e o aleatrio so
focados como graus de indeterminao: de que forma se configuram em msica.
Resvala tambm questo da indeterminao como resultante da percepo e
composio como um processo que passa pela relao de determinar e
indeterminar.
Palavras
– Chave: Msica, Indeterminado, Processos Composicionais.
Abstract:
This paper aims to characterize the appearance
of indeterminacy concept from 1950s, using as examples the compositional way
of thinking of Cage, Boulez, Stockhausen and Xenakis, observing how they treat
the concern of indeterminated in the occidental concert music. The hazard and
the aleatory are focused as degrees of indetermination: how they appear in the
music. It also discourses briefly
the question of indetermination as the result of the perception and composing
as a process related to determinate and indeterminate.
Key -
Words:
Music, Indeterminate, Compositional Process.
Introduo
A questo da indeterminado
sempre esteve mais ou menos presente durante a histria da
msica ocidental
, seja em forma de improvisao, seja como
elementos indeterminados em seus
vrios nveis perceptveis e possveis.
Levando-se em considerao questes que vo desde a ordem da composio,
passando pela escriturao propriamente dita (grafismos, escrita aleatria e
indeterminada, etc.), at a performance (improvisao) e
recepo/percepo
, podemos observar que possibilidades de
indeterminismo ocorrem em msica, no s pelo seu carter estritamente
temporal, e portanto j de certa forma indeterminado, mas tambm por uma srie
de questes que tambm envolvem outros fatores externos ela.
Desta maneira, se pensarmos composio
como um jogo onde se alterna, se troca e se escolhe, podemos dizer que o
indeterminismo
o que d movimento a este jogo; pois no ato da escolha
mais ou menos indeterminada entre este e no aquele dado, elemento, caminho ou
soluo, que a obra se configura como msica. Ento, por este vis, o indeterminado de certa forma est
presente em msica desde as improvisaes
barrocas, passando pelas
cadncias e jogo de dados de Mozart
no classicismo, entre
as melodias interminveis de Wagner, at a mxima imprevisibilidade possvel proposta por Cage em seu
experimentalismo
. neste jogo que envolve a composio,
a percepo e a execuo onde, saber ou no saber por onde caminha a estrutura
e/ou a forma musical - no a
deixando totalmente explicita -
onde ocorre o que impulsiona o pensamento criativo musical. Podemos dizer que o ato de compor se
configura como um distanciamento ou aproximao da indeterminao. Dizemos
isso, considerando que o compositor brinca com essas possibilidades podendo
abrir mais ou menos sua obra em relao aos graus de indeterminao possveis
dentro da estrutura que o pensamento musical lhe impe para que tal organizao
de pensamento se configure como msica.
De outro modo, importante ressaltar que
essa pr-ocupao com o indeterminado, que se reflete nas artes e sobretudo na
msica de nosso tempo, faz parte fundamentalmente de uma necessidade, que especialmente
refletida na arte, de percebermo-nos como autnomos em meio as rpidas
transformaes do mundo ps-moderno, e da sociedade em que participamos
.
Partindo dessa observao propomos este artigo, que resulta da
investigao das principais maneiras e graus de indeterminao em composio
propostos na msica a partir do sculo XX, no que se refere a modos
composicionais, performance e percepo de maneira expositiva e geral.
Relaes de indeterminismo, acaso
e aleatrio em Msica
Em primeiro momento, poderamos entender
indeterminismo, aleatrio e acaso como palavras unvocas e/ou correlatas, mas
em msica, isso no se configura literalmente. De uma maneira geral,
poderamos nos referir ao indeterminismo ou indeterminao em msica
como: todo o processo que se vale do acaso ou da aleatoriedade: seja no ato da
composio, seja no momento da performance
.
Sendo assim, atribumos ento acaso, os processos mais indeterminados
possveis, onde o compositor abre a obra para eventos no previstos que podem ocorrer no desenvolvimento do
processo de execuo e/ou performance da obra.
Ao aleatrio, podemos nos referir a duas
possibilidades: alternativas fechadas propostas pelo compositor, deixando a
escolha em aberto a cargo do intrprete no momento de realizao da obra (performance); e uma outra mais
relacionada ao ato de compor propriamente: na interao entre o compositor e
o material que ele trabalha, molda, de maneira que as escolhas que ele faz,
podem estar relacionadas ao jogo, literalmente (jogo de dados, sorteio, processos
estocsticos, etc.). Ento, alguns
compositores desenvolveram seu pensamento composicional valendo-se mais ou
menos e de diferentes formas da aleatoriedade como ferramenta de composio,
criando processos composicionais prprios, os quais melhor se adequassem suas maneiras e poticas.
Observa-se ento que dentre os
vrios motivos que configuram o
indeterminado em msica, no mbito composicional propriamente dito ou
performtico, podemos pensar a experimentao,
como um dos geradores do indeterminado em msica, seja ao acaso ou aleatrio.
Ento maneirismos em composio tornam-se possibilidades, uma abertura maior
ao compositor em relao ao seu prprio pensamento musical. possvel
fragmentar, reconstruir, redimensionar, tendo como ferramenta em nosso caso, a
experimentao que acaba por tornar a obra musical mais ou menos indeterminada.
O que ocorre uma confluncia de possibilidades composicionais, advinda da
necessidade de criao e interao das prticas artsticas de um tempo atual, e dentre elas, o uso de
processos indeterminados.
Compositores e os processos
indeterminados
A partir da dcada de 50, surgem as
primeiras menes do que pensamos como indeterminado em msica hoje. Jonh Cage empregou pela primeira vez a
palavra indeterminao, na conferncia Indeterminancy , em Darmstard , no vero de
1958 para denominar a composio que indeterminada quanto a sua performance
, isto , a abertura para o acaso, o
momento de atualizao da obra aberto a possibilidades de percepo e execuo nicas, no dado
momento em que ocorre a msica, estruturando-a como possibilidade atual dentre
as vrias virtuais
. O pensamento de indeterminao em Cage
conceitual partindo da ausncia da possibilidade do silncio absoluto, para
dar forma s suas composies, as quais chegam ao limite de indeterminao
possvel. Se no h determinao
absoluta, porque no ouvir o indeterminado? o exemplo de Fontana Mix (1958), onde o interprete tem
liberdade para improvisar sobre um conceito dado: uma figura. Usando um ou mais
instrumentos, sejam eles quais forem, o improviso se segue de uma maneira
intuitiva e experimental. Os
nicos parmetros so de que sejam instrumentos musicais que executem a
obra.(Fig.1)
Um outro exemplo 433 , composta em 1952. Pode ser
executada por qualquer grupo de instrumentos, sendo dividida em trs movimentos
de durao desigual: 30'', 2'23'' e 1'40'' respectivamente, durante os quais o(s) intrprete(s) no
produzem nenhum som. Um sinal dado para indicar o incio e o
fim de cada um dos movimentos.
O(s) instrumentista(s) devem estar concentrados, marcando o tempo da
pea e virando as pginas em branco da partitura. Desta maneira o conceito de silncio absoluto, o que no
pode ser ouvido se configura: quanto mais se procura alcan-lo, mais os sons
ambientes aparecem em relevo
.
A obra visa de fato, aos sons virtuais que se atualizaro em qualquer situao concreta de execuo.
Trata-se de uma combinao sonora, onde a estrutura deve ser apurada em relao
a condies sensveis do mundo e de quem as percebe.
Figura 1. Parte de Fontana
Mix,
Jonh Cage, 1958.
De outro modo, Stockhausen pensa a
questo da indeterminao relacionada s suas experimentaes com o rudo,
pensando-o como um som complexo anlogo ao pensamento de aleatoriedade:
A natureza dos rudos reside na
distribuio aleatria no quadro de
certos limites estatsticos. Quando isso se adapta forma mais geral de
uma pea musical, (...) em que se tenha dada uma estrutura interna comparvel a
destes rudos, obtm-se uma distribuio aleatria das partes e dos elementos
nesta forma. (STOCKHAUSEN, apud. 1979, p. 22)
Para ele, a aleatoriedade em msica est
relacionada com a natureza do rudo enquanto evento sonoro
.
Stockhausen pensa o indeterminado aqui, no sentido de composio aleatria: como uma
ampliao da microestrutura do
rudo, para uma macroestrutura que a composio propriamente dita. J o acaso, para ele, sempre esteve
presente em msica como analogias naturais micro-estrutura. Salienta tambm que sobretudo na msica
ocidental esses processos de acaso como indeterminao foram sendo pouco a pouco extinguidos:
(...)na msica, e durante muito tempo, se
excluiu o acaso; era naturalssimo.
Isto deve-se ao fato de a msica ocidental, (...) ter sido construda a
partir do Renascimento de uma forma cada vez mais racional, mais intelectual,
em que o acaso foi progressivamente sendo dela excludo. (STOCKHAUSEN, apud. 1979, p. 19).
Observamos portanto, que apesar de
partirem de pontos opostos (silncio X rudo), h uma confluncia entre as
resultantes composicionais de Cage e Stockhausen no que se refere aos nveis de
indeterminao em suas obras: o que Stockhausen chama de msica intuitiva
(que tambm parte de um vis experimental) uma combinao entre processos
indeterminados como os de acaso controlado e improvisao. Um exemplo Ceylon onde existem poucas indicaes na
partitura mas que em contrapartida, o ritmo est marcado. H fragmentos para os quais
se d apenas um texto reduzido.
E quanto a performance, ele indica que: deveremos pr-nos de acordo uns
com os outros para que atravs da nossa interpretao comum, nasa,
intuitivamente, uma msica nova, nunca antes interpretada
. Isto , uma pea onde o jogo est
aberto a todos os seus participantes, na qual o atual apenas uma
possibilidade do virtual.
Nesse aspecto a escritura torna-se uma
potncia, no sentido de que todas as possibilidades de execuo esto
intrnsecas a ela
. E o compositor sabe dessa potncia e d
sentido (como sensao e direo ) a ela, mesmo sem saber sobre qual possvel
atualidade vai emergir dela. Essa
fora que traz a obra para a atualidade pode emergir tanto nas escolhas no ato
composicional em si e portanto, presos a partitura, quanto na performace e em
toda a abertura que lhe pode ser dada.
Figura 2. Trecho de Kontakte de
Stockhausen. Espcie de mapa de performance.
Para Boulez, o aleatrio propriamente uma forma de jogo de
possibilidades com as quais, as alternativas composicionais j esto mais ou
menos estabelecidas. De maneira que o acaso interfere na escolha destas
alternativas. O elemento indeterminado, nesta circunstncia o acaso,
determina por sorteio o momento da escolha e do jogo composicional; como
aquele que decide entre as alternativas dadas pelo compositor resoluo de
uma determinada estrutura composicional .
De outra forma, a indeterminao pode
estar escrita na partitura estando sob maior ou menor controle dela na
execuo. A improvisao, resvala de uma maneira peculiar na indeterminao,
pois se refere especificamente alternativas dentro de um conjunto de
parmetros e formas estabelecidas a priori, onde o instrumentista decide de maneira
mais ou menos aleatria, quais os caminhos deve percorrer para que o sentido musical
nesta ou naquela frase, ou harmonia, encadeamento ocorra.
Figura 3. Trecho
da Sonata para Piano de Boulez.
De maneira que a indeterminao em
Boulez, consiste necessariamente nesta possibilidade aberta de seguir, criar ou
recriar dentro da forma que lhe proposta. Na Terceira Sonata para Piano
(Boulez, 1956-57) por exemplo, as partes podem ser tocadas em ordem aleatria.
(fig. 2) Mas so pr -
estabelecida quanto partes, no havendo improviso com relao s notas que
devem ser tocadas. Como uma espcie de mbile, que pode ter suas partes
deslocadas, criando formas diferentes de um mesmo material.
O Controle do Indeterminado.
Com
o aparecimento dos computadores como ferramentas de composio, houve
tambm uma tentativa de controle dos processos indeterminados, (no que se
refere a manipulao dos mateirais para a composio) que se denominou
processos estocsticos. O
indeterminado aqui, refere-se ento a no possibilidade de prever numa grande
quantidade de probabilidades geradas por uma mquina, qual a mais presumvel e
apartir dai, no denominar mais indivduos sonoros, notas, mas sim
caractersticas desejveis para esses indivduos, de forma que ocorra uma
seleo aleatria feita pelo computador, estruturando atravs desta ou daquela
caracterstica desejvel dentro dos parmeros estabelecidos pelo compositor os
indivduos apropriados.
Figura 4. Transcrio de
Syrmos de Xenakis.
Desta maneira, Iannis Xenakis(1922),
desenvolveu atravs de processos de gerao de nmeros randmicos, equaes de
sistemas dinmicos, matrizes, entre outras possibilidades, infinitas
combinaes do material. Tais resultantes numricas destes processos, impossveis de serem previstas e
calculadas por um ser humano sem a ajuda de mquinas, so ento aplicados gerao
de material sonoro. Seu jogo de
dados, tornou-se gigantesco e imprevisvel.
Este uso do pensamento matemtico na
composio, amplamente exposto em Formalazed Music (1992). Xanakis
explica como usa possibilidades de clculos matemticos de sistemas randmicos,
no-lineares, etc. e por conseqncia aleatrios, para dar forma estrutura de
sua composio. O compositor ento
realiza estes dados em escrita musical, transcrevendo-os na partitura. a tentativa
de controle do acaso. Ele estende este pensamento a msica eletroacstica e
parte da indeterminao como no controle da microestrutura, sobrepondo e
manipulando sons eletrnicos por meio destes processos. Dessa forma, essas microestruturas so
os indivduos sonoros representados por nmeros escolhidos por processos
estocsticos, atados a uma macroestrutura que define a forma por meio dos
parmetros de escolha determinada pensados a priori. Ento, para explicarmos esta maneira de compor de forma
simplificada e geral, quem determina dentro do indeterminado o compositor
(definindo os parmentros) com a ajuda do computador, que escolhe dentro de uma
grande quantidade de amostras (material sonoro) quais servem ou no estrutura
descrita pelos parmentros
O Indeterminado na Performace e
Percepo – Uma Abordagem mais Complexa
Falamos at aqui sobre os modos em que o
indeterminado se insere em msica tanto como qualidade intrnseca ao fenmeno
musical, at o seu aparecimento como conceito na dcada de 50. Observamos que estas possibilidades estavam
diretamente ligadas a modos de experimentao com intrumentos musicais
convencionais, as quais ocorriam em tempo real (na partitura, escritura) ou
atual (na performace). Observamos
tambm que com o advento dos computadores, a questo do indeterminado como
parmetro de composio pode ser pensado como forma de controle dos materiais
empregados. Existem ainda dois fatores que tambm influem como formas de
indeterminismo em msica enquanto processo atual: a percepo e a performace.
Uma hiptese, a que configura os graus de indeterminao
estabelecidos na percepo por
meio das relaes entre a
fisiologia do ouvido ao fenmeno fsico do som, e as relaes de hbito
entre ouvinte/ compositor. Em performance: o momento presente da
transformao da partitura para a msica, tambm conteria indeterminao no que se refere ao
prprio ato de tocar num dado momento qualquer, uma determinada nota que se
perder para fora dos limites perceptivos momentos aps ter sido executada.
Entendendo que este ponto que se refere a indeterminao no individuo, seja ele
performer ou ouvinte merece ser
explorado de maneira mais ampla, debateremos melhor num trabalho a posteriori. Ficando entendido que a
indeterminao aparece como um dado inerente toda a ao que feita no tempo
e no espao, sobretudo no fenmeno musical.
Consideraes Finais
Vistas todos essas maneiras de pensar a
indeterminao em msica, podemos relacionar o ato de compor como um processo
que passa pela relao de determinar e indeterminar (ou vice-versa). Ento,
podemos falar de um indeterminado musical que se caracteriza como: a) parte do
processo composicional, deixando que o aleatrio tome parte das escolhas feitas
pelo compositor; b)como um processo psicoacstico, onde o compositor pode jogar
com essas possibilidades de percepes: a relao do ouvinte com a msica, as possveis
frustraes e previses que ela causa em quem ouve e no mundo que a recebe e a percebe; c) e ainda, dentro deste vis,
possvel entendermos que os processos de indeterminao em msica se configuram
como graus de determinao que so dados pelo compositor no momento da criao.
No
existe acaso puro em msica, como tambm, por maior
que seja a determinao na escritura, existem aspectos indeterminantes na obra
de forma que de uma maneira ou de outra resvalam na indeterminao. Mas
vlido lembrar que at antes do sculo XX, a indeterminao no havia sido
pensada como maneira de compor, como o qu desenrola o processo
composicional, como motivo principal de desenvolvimento da estrutura e
organicidade musical. O
esgotamento que ocorre no sistema tonal, trouxe como possibilidade, o
alargamento dos parmetros e caracterisiticas contidos na msica, fazendo com
que cada um deles se transformasse em material autnomo para a composio: a altura no a
mais importante, a harmonia no funciona mais como conectora e o ritmo no est
mais submetido ao pulso. Seja essa manipulao do material impulsionada por
motivos filosficos ou puramente experimentais, a questo que a
indeterminao esta presente no tempo que tambm o lugar onde acontece a
msica como fenmeno. Desta forma, parmetros como timbre para Stockhausen, o
silncio para Cage, considerados
complexos no que se refere a possibilidades de controle de durao, altura e
etc.,passam a ser geradores principais de pensamento criativo de maneira
independente. Neste contexto, cabe
tambm a indeterminao o papel de princpio causador de processo, partindo
dela possveis formas de desenvolvimento de estruturas dinmicas, onde deixa de
ser coadjuvante, ou algo no desejado, para fazer parte da msica enquanto
processo.
Bibliografia
Albert, Monserrat. A Msica
Contempornea. Rio de Janeiro, Ed. Salvat, 1979.
Cage, Jonh. Silence, 2a. Edio, Middletown, Wesleyan
University Press,1974.
COPE, David. New Directions in Music. USA, Weveland Press, 2001.
Del pozzo, Maria Helena Maillet. Blirium C9: um
estudo de anlise em uma pea de escrita indeterminada. In: Revista Eletrnica de
Musicologia. 2006. http://www.rem.ufpr.br/REMv8/blirium.html. Ultimo acesso: 05/11/2006
GRIFFFITHS, Paul. A Msica Moderna
– Uma Histria concisa e Ilustrada de Debussy a Boulez. So Paulo, Editora Zahar,
1998.
Harvey, David. A condio Ps-Moderna. 13a. Edio, So Paulo, Edies Loyola, 2004.
Schaeffer, Pierre. Trait
des objets musicaux: essai interdisciplines, Paris – Frana ditions du Seuil 1966.
TERRA, Vera. Acaso e Aleatoriedade na Msica
– Um estudo da Indeterminao nas Poticas de Cage e Boulez. So Paulo, Editora EDUC/FAPESP,
2000.